A trilogia de 4 posts da Blogagi
Porque Blogagi é como o Brasil: não é só Carnaval, é também Carnaval fora de época*
III. Paraty: o Inferno é aqui.
Num belo dia, de um belo feriado...
... as pessoas estragam tudo querendo que você acorde cedo e faça alguma coisa, tipo arrumar a sua cama ou ir pra uma cidade histórica. E então depois de alguns minutos no paraíso (a.k.a. ar condicionado) São Pedro verificou a papelada e disse que eu, Gabi, Junior e Livia não éramos merecedores do reino dos céus e dos ares refrigerados e nos mandou para o Reino de Lúcifer, mais conhecido como Paraty.
Entre casas construídas quando o Guaraná ainda era tampado com rolha e gringos com a careca vermelha, vi pessoas jogando bifes no asfalto e retirando um delicioso naco de carne bem passado minutos depois. A sensação térmica era de uns 60º na sombra e a temperatura não devia estar muito longe disso. Trajando uma camisa da Holanda e com a brancura que me é peculiar bastava eu entrar em uma loja de cacarecos, que o Risco Brasil e a inflação aumentava em progressão geométrica.
- Quanto custa esse elástico de cabelo vagabundo que vai esgarçar daqui 3 dias?
- R$2,50.
- Você devia ter gritado "mãos ao alto" antes.
Esse povo faltou na aula de interpretação de texto, o governo incentiva a exploração do TURISMO, não do TURISTA.
Depois disso ficou terminantemente proibido que eu entrasse em qualquer outra loja em que eles quisessem comprar alguma coisa, no entanto eu gostei de ser confundindo com um gringo e diante daquele calor maldito que beirava os 80º graus conforme o meio do dia se aproximava, atazanei meus coleguinhas com insistentes pedidos.
- Eu querrer ICE. CRRREAM! ICE CRRREAM! Asaftasardem ich as hemorroidasdoem. ICE CRRREAM!
Depois de me darem uns tapas (e sorvete), fomos almoçar.
Pausa para observação.
Crianças, venham para a Blogagi. Aqui é o único lugar onde você come a sobremesa antes do almoço.
Fim da pausa para observação.
Gabi comeu um spagghetti de lula.
Junior comeu uma travessa gigante com toda a fauna existente no mar.
Livia pediu uma margherita e ficou bêbada. Alalala.
Eu blasfemei contra a chegada do imperialismo em Paraty e o fato de não ter nem ao menos um quisosque vendendo sorvetes do McDonalds.
Quando o calor já beirava os 100º ainda conseguimos nos perder da Gabi, que mais tarde nós encontraríamos servindo de intérprete para uma senhora americana que estava sendo explorada pelos locais. Como não existe um protetor solar fator 10000000, decidimos ir embora, para o último e derradeiro dia de folga do Carnaval.
- Será que essa série de posts acaba antes da Páscoa?
- Não me encham o saco.
- Vendo Chevette 88.
Porque Blogagi é como o Brasil: não é só Carnaval, é também Carnaval fora de época*
III. Paraty: o Inferno é aqui.
Num belo dia, de um belo feriado...
... as pessoas estragam tudo querendo que você acorde cedo e faça alguma coisa, tipo arrumar a sua cama ou ir pra uma cidade histórica. E então depois de alguns minutos no paraíso (a.k.a. ar condicionado) São Pedro verificou a papelada e disse que eu, Gabi, Junior e Livia não éramos merecedores do reino dos céus e dos ares refrigerados e nos mandou para o Reino de Lúcifer, mais conhecido como Paraty.
Entre casas construídas quando o Guaraná ainda era tampado com rolha e gringos com a careca vermelha, vi pessoas jogando bifes no asfalto e retirando um delicioso naco de carne bem passado minutos depois. A sensação térmica era de uns 60º na sombra e a temperatura não devia estar muito longe disso. Trajando uma camisa da Holanda e com a brancura que me é peculiar bastava eu entrar em uma loja de cacarecos, que o Risco Brasil e a inflação aumentava em progressão geométrica.
- Quanto custa esse elástico de cabelo vagabundo que vai esgarçar daqui 3 dias?
- R$2,50.
- Você devia ter gritado "mãos ao alto" antes.
Esse povo faltou na aula de interpretação de texto, o governo incentiva a exploração do TURISMO, não do TURISTA.
Depois disso ficou terminantemente proibido que eu entrasse em qualquer outra loja em que eles quisessem comprar alguma coisa, no entanto eu gostei de ser confundindo com um gringo e diante daquele calor maldito que beirava os 80º graus conforme o meio do dia se aproximava, atazanei meus coleguinhas com insistentes pedidos.
- Eu querrer ICE. CRRREAM! ICE CRRREAM! Asaftasardem ich as hemorroidasdoem. ICE CRRREAM!
Depois de me darem uns tapas (e sorvete), fomos almoçar.
Pausa para observação.
Crianças, venham para a Blogagi. Aqui é o único lugar onde você come a sobremesa antes do almoço.
Fim da pausa para observação.
Gabi comeu um spagghetti de lula.
Junior comeu uma travessa gigante com toda a fauna existente no mar.
Livia pediu uma margherita e ficou bêbada. Alalala.
Eu blasfemei contra a chegada do imperialismo em Paraty e o fato de não ter nem ao menos um quisosque vendendo sorvetes do McDonalds.
Quando o calor já beirava os 100º ainda conseguimos nos perder da Gabi, que mais tarde nós encontraríamos servindo de intérprete para uma senhora americana que estava sendo explorada pelos locais. Como não existe um protetor solar fator 10000000, decidimos ir embora, para o último e derradeiro dia de folga do Carnaval.
- Será que essa série de posts acaba antes da Páscoa?
- Não me encham o saco.
- Vendo Chevette 88.
